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A crescente insegurança em Cracolândia – Os porteiros temem pela sua segurança
Cracolândia, um notório distrito de São Paulo, tem visto um aumento alarmante na sensação de medo e insegurança. Aqueles que trabalham nas áreas de vigilância, zeladoria e segurança estão cada vez mais expostos aos perigos associados ao chamado ‘fluxo’ de usuários de drogas.
O efeito sobre os trabalhadores da segurança
Os síndicos e zeladores de condomínios no centro da cidade relatam dificuldades para manter porteiros e vigilantes por longos períodos. A rotatividade desses profissionais aumentou drasticamente devido à insegurança crescente.
Uma ocorrência em particular agravou ainda mais a situação: o trágico falecimento de João da Silva Sousa, um vigilante de 54 anos, que foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte) na região do Bom Retiro.
> ‘Ninguém quer ficar (trabalhando) como porteiro ou zelador no centro. O pessoal está com medo’, relata um síndico de um prédio na Rua dos Gusmões.
Ameaças aos profissionais de segurança
Os profissionais de segurança têm sido alvo de ameaças relacionadas ao funcionamento das câmeras de vigilância nos prédios. Um porteiro recentemente demitiu-se após receber ameaças de um pedestre, que parecia ser um morador de rua ou usuário de drogas, sobre a gravação das imagens.
> ‘Ele foi aconselhado a retirar as câmeras ‘para não se prejudicar’. Queriam que ele retirasse a câmera, mas ele não tinha autonomia para isso’, explica o síndico.
O aumento na rotatividade dos profissionais de segurança
Relatos semelhantes foram registrados em outros condomínios na região. A dificuldade em encontrar profissionais dispostos a trabalhar na região por longos períodos tem sido um desafio constante.
> ‘A rotatividade aumentou nos últimos meses’, afirma um dos entrevistados.
A insegurança no centro de São Paulo
A insegurança não é limitada apenas aos profissionais de residências. Aqueles que trabalham em imóveis comerciais também sentem o aumento da tensão.
> ‘Se pudesse, escolheria outro lugar para trabalhar, mas não tenho essa opção’, confidencia um agente de segurança privada.
A responsabilidade dos síndicos
Nos prédios que dispensaram os serviços de portaria, frequentemente por razões financeiras, a insegurança e as responsabilidades recaem sobre o síndico.
> ‘Os moradores fazem denúncias sobre a Cracolândia e as cobranças recaem sobre o síndico’, explica um dos síndicos entrevistados.
Os desafios enfrentados pelos motoristas
Os motoristas também não estão imunes aos desafios apresentados pela situação em Cracolândia. Os ataques de usuários de drogas a veículos e a caminhões de lixo aumentaram a sensação de medo.
A reação das empresas de transporte escolar
Recentemente, com a volta às aulas, os pais têm relatado a falta de empresas de transporte escolar dispostas a levar as crianças à escola devido aos roubos e furtos frequentes.
As medidas tomadas pela Secretaria de Segurança Pública
A Secretaria de Segurança Pública afirmou que tem intensificado suas ações de combate à criminalidade na Cracolândia. Segundo a pasta, quase 1.000 roubos foram evitados na região desde abril, e mais de 1.300 criminosos foram presos ou apreendidos nos primeiros seis meses deste ano.
A investigação sobre a morte de João da Silva Sousa
A SSP informou que a morte do vigilante João da Silva Sousa está sendo investigada pelo 3° Distrito Policial (Campos Elíseos).
> ‘Diligências prosseguem para esclarecer os fatos.’
Em resumo, a situação em Cracolândia tem se agravado, e a segurança dos trabalhadores da região está cada vez mais comprometida. É fundamental que medidas sejam tomadas para garantir a proteção desses profissionais e amenizar a sensação de medo e insegurança que assola o distrito.
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