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857979 A Experiência de Enfrentar o Mar - Uma Visão Portuguesa 857979 A Experiência de Enfrentar o Mar - Uma Visão Portuguesa

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A Experiência de Enfrentar o Mar – Uma Visão Portuguesa

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Introdução

Podemos imaginar o mar como um universo de água salgada, um lugar de tranquilidade e reflexão para alguns, e um desafio intimidante para outros. Contudo, para muitos portugueses, o mar permanece como um mistério, um lugar ainda não explorado.

O Amor Poético Pelo Mar

O mar sempre fascinou poetas e escritores. Como o poeta Eugenio de Andrade descreveu em sua obra, o mar pode ser uma fonte inesgotável de inspiração. Para alguns, o mar é um remédio para a alma, um lugar para sonhar, conversar e meditar. Contudo, apesar da proximidade do mar à Portugal, muitos portugueses ainda não tiveram a oportunidade de testemunhar a sua grandiosidade.

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O Trabalho Duro e a Dificuldade de Alcançar o Mar

Para muitos portugueses, especialmente os mais velhos que viveram na zona rural, o mar permanece como um lugar inatingível. Possidonio Gonçalves, um homem de 98 anos, é um exemplo disso. Começou a trabalhar aos 9 anos e nunca teve a oportunidade de ver o mar. Para ele, e para muitos outros como ele, a vida foi dedicada ao trabalho duro no campo, sem tempo ou recursos para explorar o mundo além de sua aldeia.

O Medo do Desconhecido

O mar, com sua vastidão e força imprevisível, pode despertar medo em muitos. Dona Gloria Viegas, que passou a vida trabalhando no campo, admite que teria medo de enfrentar o mar. Da mesma forma, Maria Sabina Carrilho, que nunca viu o mar, acredita que seria muito frio e perigoso. Essa percepção pode ser comum entre aqueles que nunca tiveram a chance de se aproximar do mar.

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A Realidade de Alguns Portugueses

Muitos portugueses, principalmente os mais velhos e aqueles que vivem no interior do país, nunca tiveram a oportunidade de ver o mar. Maria Rosa Nicolau, por exemplo, trabalhou no campo a vida toda e nunca teve a oportunidade de ver o mar. Para ela, e muitos outros, a ideia de entrar na água é assustadora.

O Lazer Como Privilégio

O sociólogo Bruno Reis aponta que, no início do século XX, o conceito de lazer como conhecemos hoje não existia para a maioria dos portugueses. O lazer era reservado para as classes mais abastadas, enquanto a maioria da população trabalhava em condições precárias e não tinha tempo ou recursos para atividades de lazer, como ir à praia.

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A Democracia e o Acesso ao Mar

Após o 25 de abril de 1974, houve uma democratização do lazer em Portugal. As instituições locais começaram a organizar excursões para o mar, proporcionando a muitos portugueses a oportunidade de ver o mar pela primeira vez. Contudo, mesmo com essa mudança, muitos ainda não tiveram a oportunidade de ver o mar ou optaram por não fazê-lo.

Conclusão

O mar, com sua vastidão e mistério, continua a ser um lugar inexplorado para muitos portugueses. Para alguns, é uma fonte de inspiração e tranquilidade, enquanto para outros, é um lugar intimidante e inatingível. No entanto, com o passar do tempo e as mudanças sociais, espera-se que mais e mais pessoas tenham a oportunidade de experimentar a beleza e a força do mar.

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