Apagão na Bahia – A Experiência de uma População em Escuridão

Uma cena comum durante o apagão na Bahia. Crédito: Paulo Jose/ Acorda Cidade

1. Introdução

Na terça-feira (15), um apagão de energia atingiu o Brasil, afetando uma grande parte da população. Entre as regiões mais afetadas, estava a Bahia, onde os 415 municípios dentro da área de concessão da Neoenergia Coelba foram afetados. As duas maiores cidades do interior, Feira de Santana e Vitória da Conquista, passaram mais de 5 horas sem energia.

2. Desafios enfrentados pelos moradores da Bahia

A falta de energia elétrica resultou em vários desafios para os moradores. Além da falta de iluminação, o sinal de internet também foi afetado, resultando em uma falta de comunicação. Isso, juntamente com a falta de água em algumas áreas, resultou em uma situação caótica.

> ‘Acordei sem luz, sentindo falta do ventilador. Pensei que minha energia e água tivessem sido cortadas. Quando abri a porta para ver a situação na rua, me deparei com um caos. Os semáforos parados, carros e pessoas cruzando as ruas sem ordem. Foi difícil. Se a situação continuasse até a noite, os ladrões fariam a festa’, compartilhou Raimunda Santos, moradora do bairro do Tomba, em Feira de Santana.

3. Impacto no transporte público

Posto fechado em Feira de Santana. Crédito: Paulo Jose/ Acorda Cidade

O apagão também afetou o transporte público e o transporte por aplicativo em Feira de Santana. Com os coletivos não circulando na cidade, muitos moradores se viram sem opções para retornar para casa. Maiara Kelly Conceição, estudante de Psicologia, teve que pagar R$ 10 acima do valor normal para voltar para casa com um mototaxista.

4. Impacto no comércio

Os comerciantes que conseguiram manter as portas abertas enfrentaram desafios para aceitar pagamentos com cartão e registrar vendas de maneira eletrônica. Bancos, lotéricas e postos de gasolina permaneceram fechados, impactando diretamente a economia local.

5. Impacto nos serviços essenciais

A falta de luz também interrompeu os atendimentos públicos em setores que dependem do acesso à internet, como o CadÚnico/Bolsa Família e o Departamento de Tributos. A maioria dos semáforos continuou funcionando graças à bateria, mas em algumas áreas, como na Praça da Bandeira, os equipamentos pararam e agentes da Superintendência Municipal de Trânsito (SUMTRAN) tiveram que intervir.

6. A situação em Vitória da Conquista

Em Vitória da Conquista, o impacto do apagão foi um pouco amenizado graças ao feriado municipal em celebração à padroeira da cidade, Nossa Senhora das Vitórias. No entanto, a suspensão dos poucos serviços que se esperava que funcionassem no dia de folga foi suficiente para complicar o dia.

7. A situação em Amargosa e Cachoeira

Em Amargosa, a falta de internet impactou nos serviços públicos, com departamentos responsáveis pelas finanças tendo que interromper as atividades. Em Cachoeira, a dona de casa Maria Aparecida Nascimento contou que o sistema foi restabelecido por volta das 12h.

8. A situação em Jandaira e Rio Real

As cidades de Jandaira e Rio Real são os únicos municípios baianos que não são atendidos pela Neoenergia Coelba. A responsável pela distribuição nessas duas cidades é a Companhia Sul Sergipana de Eletricidade (Sulgipe). Não houve retorno da empresa quando procurada para saber se o abastecimento também foi interrompido.

9. Medidas de contenção

Segundo a Prefeitura de Feira de Santana, o município adotou uma série de medidas para reduzir o caos. O atendimento nas UPAs e policlínicas foi mantido e não houve nenhum impacto para os pacientes que já se encontravam nas respectivas unidades.

10. Conclusão

O apagão na Bahia foi uma situação difícil para todos os envolvidos, com impactos significativos em muitos aspectos da vida cotidiana. No entanto, a experiência também destacou a importância de sistemas de contingência adequados e a necessidade de infraestrutura resiliente para enfrentar tais desafios no futuro.

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