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Governo do Estado garante a continuidade do trabalho das Escolas Técnicas e Fatecs
Em meio a um contexto delicado de greve dos professores do Centro Paula Souza (CPS), o Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria Estadual de Educação (Seduc-SP), anunciou recentemente um edital para contratação de professores para a formação técnica profissional integrada ao Ensino Médio. Esta ação gerou indignação entre os professores em greve, que lutam por melhores condições de trabalho.
O Ensino Técnico de 2024
Apesar das reações, a Secretaria assegura que o Ensino Técnico proposto para 2024 não irá substituir o trabalho realizado pelo CPS nas Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e Escolas Técnicas Estaduais (Etecs).
> ‘O ensino técnico proposto pela Secretaria para 2024 em nada interfere com o trabalho de excelência que é realizado pelo Centro Paula Souza nas Fatecs e Etecs’, informou a pasta.
O itinerário de formação técnica profissional integrado ao Ensino Médio já ocorre na rede estadual de ensino paulista desde 2020, através de escolas técnicas parceiras, e a Secretaria garante que continua dando prioridade às escolas do CPS.
Aumento da oferta
A Seduc-SP informa que em 2024 o CPS assumirá cerca de 150 novas turmas, o que corresponde a aproximadamente 5,2 mil estudantes.
Este número foi definido após consulta ao CPS e, segundo a Secretaria, a expansão das vagas no Ensino Técnico profissional da rede estadual, bem como no próprio CPS, prevista para o próximo ano, representa um aumento na oferta.
Processo seletivo de docentes
O processo seletivo de docentes aberto é destinado exclusivamente ao ensino técnico profissional vinculado às escolas da própria rede.
A Secretaria ressalta que os professores contratados terão à disposição infraestrutura e materiais pedagógicos próprios.
Reação dos Professores
A publicação do edital do processo seletivo para a contratação de novos docentes gerou revolta entre os professores em greve do CPS.
> “Se não tem dinheiro para pagar os professores do CPS, como contratarão novos?”, questiona o auxiliar docente Diego Conte.
Além disso, o professor critica o fato de os novos cursos técnicos não exigirem licenciamento dos professores, algo que é requisitado para os docentes do CPS.
Preocupações sobre a qualidade do ensino
Conte teme que essas ‘facilidades’ nos cursos da rede estadual resultem em um eventual sucateamento das Etecs e Fatecs.
Ele também questiona a grade curricular dos novos cursos, temendo que a oferta de cursos sem um currículo sólido possa gerar profissionais despreparados para o mercado de trabalho.
Conclusão
A situação é complexa e exige uma análise cuidadosa por parte do Governo do Estado, dos professores e de todos os envolvidos no sistema de educação técnica.
A expectativa é que se encontre um equilíbrio entre a necessidade de expansão da oferta de cursos técnicos e a garantia de uma educação de qualidade, que prepare os estudantes para um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.
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